Entre seus principais legados, ela defendia a ideia de um desenvolvimento sustentável da Amazônia. Segundo ela, “a floresta precisa ter valor em pé”, enaltecendo a ideia de que existem meios de rentabilidade econômica através da sustentabilidade da floresta.
Bertha destacava a Amazônia como uma “floresta urbanizada”, que deveria contribuir para o desenvolvimento de cadeias produtivas rentáveis, porém sem a necessidade de destruição. Suas pesquisas teóricas sempre eram mescladas com trabalhos de campo, envolvendo amplas discussões com as pessoas envolvidas, desde índios até habitantes das cidades da Amazônia Legal.
Seu fascínio pela Amazônia a levou a explorar todos os cantos da floresta, inclusive com foco nas grandes metrópoles. Publicou diversos livros em relação a este assunto, com destaque ao último: “A urbe amazônica entre a floresta e a cidade”.
Este grande nome da Geografia Política era professora emérita da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e também fazia parte da Academia Brasileira de Ciências (ABC).
Bertha Becker morreu em julho do ano passado em seu apartamento na cidade do Rio de Janeiro por conta de complicações de um câncer de pulmão, deixando para trás incrível quase meio século de contribuições à geografia.
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