Willian Morris Davis foi um geógrafo americano que viveu entre o final do século XIX e início do século XX. Entre suas principais contribuições para a geografia, destaca-se a criação do conceito de Ciclo Geográfico, pelo qual ele tentava explicar a origem das principais formas de relevo do planeta.
Primeira etapa – juventude
A primeira etapa do ciclo consiste em um rápido soerguimento de uma superfície qualquer. É válido lembrar que Davis viveu em um período onde a Teoria da Tectônica de Placas ainda não era conhecida.
Após este soerguimento veloz, se sucederia um período de estabilidade, onde os rios passariam a modelar a superfície. Estes rios recém formados, por conta do relevo abrupto, são velozes e escavam seus leitos com grande profundidade. Diz-se que são rios em estado de juventude. Geralmente formam vales encaixados e, com o tempo, formam também declividades com facetas triangulares.
Segunda etapa- maturidade
Enquanto erodem o relevo soerguido, estes rios ativos vão cada vez mais suavizando as encostas adjacentes a seu leito. Ao mesmo tempo, o fluxo fluvial vai perdendo energia e a altimetria da região vai diminuindo. O rio está em seu estágio de maturidade.
Terceira etapa – senilidade
No fim do processo, o trabalho de erosão já foi tão intenso que aquela superfície abrupta já se transformou em uma planície levemente ondulada, onde o rio flui vagarosamente, acumulando sedimentos em seu leito e formando meandros. A erosão cessa completamente, visto que o leito atingiu o nível abaixo da qual a erosão é impossível – o chamado nível de base. Geralmente este nível é o nível do mar. Aqui, chegamos no estágio de senilidade.
Neste estágio, temos formada uma superfície trabalhada pela erosão fluvial, conhecida como peneplanície.
Formada a peneplanície, a região está apta para um novo soerguimento.
Por vezes, é comum que algumas porções do relevo acabem não sofrendo com a erosão lateral dos rios, conservando sua altitude original. São os chamados morros testemunhos, ou monadnock.
Apesar de atualmente, com o conhecimento da tectônica de placas, sabermos que a realidade da formação e da modelagem do relevo é muito mais complexa, a teoria de Davis foi muito importante para a evolução da geomorfologia estrutural.
Em especial, sua classificação antropomórfica da evolução dos rios (juventude, maturidade e senilidade) é usada até hoje, além da sua contribuição com a formulação do conceito de nível de base.
Referência:
DAVIS, William M. O ciclo geográfico. Boletim Campineiro de Geografia, v. 3, n. 1, p. 139-166, 2013.
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Faço Bacharelado em Geografia pela Universidade Estadual de Ponta Grossa, mas se tem uma disciplina que não me entra na cabeça de forma alguma é Geomorfologia. Se você um dia pudesse me ajudar com algumas atividades, eu agradeceria muito porque tenho Déficit de Atenção e ninguém tem paciência para me explicar.
De qualquer forma obrigado e desculpe o textão!