Como é formado um furacão?

Furacão Patrícia visto da ISS

O furação é um dos fenômenos meteorológicos mais temidos e conhecidos do mundo. Hollywood, por exemplo, já usou este fenômeno da natureza como plano de fundo de muitos de seus filmes. Sabemos, porém, que os furacões deixam rastros de tragédia por onde passam, como ocorreu em Nova Orleans, com o famoso Furacão Katrina, que deixou milhares de mortos e desabrigados.

Mas você já se perguntou como se forma um furação? Acompanhe nosso artigo e entenda a dinâmica por trás deste incrível (e destruidor) fenômeno meteorológico.

A FORMAÇÃO DO FURACÃO

A origem dos furacões ocorre nos oceanos. Quando o mar atinge uma temperatura superior a 28ºC, ocorre na camada logo acima da água uma zona de baixa pressão, isto é, as moléculas de ar que estão na camada superior à água se aquecem, provocando um afastamento entre os átomos.

Este afastamento cria uma camada de ar menos densa (existe menos moléculas de ar em um determinado volume da atmosfera). Logo, da mesma forma que o óleo de cozinha não “afunda” em água por que é menos denso, esta camada de ar começa a subir (para ocupar a camada superior da atmosfera, assim como o óleo). Com a “ida” de tais moléculas para camadas mais altas da atmosfera, a região começa a receber partículas de ar vindas de outros lugares (temos uma região de baixa pressão, receptora de ventos).

Aos poucos, estes novos “volumes” de ar que chegaram à região tornam-se menos densos (estão próximos ao mar quente) e sobem para as camadas mais altas da atmosfera. Isto, então, repete-se várias e várias vezes. Em certo momento, a velocidade que mais partículas chegam a zona de baixa pressão e sobem se torna tão grande que temos a formação de um espiral que vai “alimentar” a rotação do ar.

Em maiores altitudes, este ar que veio da superfície se condensa em micropartículas e forma nuvens, caracterizando a região esbranquiçada que vemos nas fotos de satélite de furacões. No centro do furação, região conhecida como olho, forma-se uma região sem nebulosidade, onde o ar sobe e desce em alta velocidade.

Por ser alimentado pela evaporação das águas do oceano, o furacão acaba “morrendo” depois de adentrar o continente. É justamente neste ponto que os furacões diferenciam-se dos tornados. Enquanto os primeiros formam-se no mar, os segundos geralmente tem sua formação em terra-firme. Ambos, porém, podem ser classificados como tipos de ciclones, mais precisamente, ciclones tropicais. Veja:

Um tornado, porém, também pode se formar no mar. Quando assim formado, é chamado de tromba d’água. Diferencia-se de um furacão quanto ao seu processo de formação.

Já o tufão, de forma prática, é sinônimo de furacão. A diferença na nomenclatura dá-se pela região no globo onde o fenômeno tem seu aparecimento. Quando formam-se próximo ao litoral da América, tanto no Oceano Pacífico quanto no Oceano Atlântico, chamam-se furacões. Quando formam-se no Oceano Índico, próximo ao litoral da Ásia, Oceania ou África, é denominado Tufão. É interessante notar também que, no hemisfério sul, os furacões giram em sentido horário, já no hemisfério norte, os furacões giram em sentido anti-horário.

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Meu nome é Fernando Soares de Jesus, natural de Imbituba/SC, geógrafo pela Universidade Federal de Santa Catarina e mestrando na área de Desenvolvimento Regional e Urbano na mesma instituição. Criei este blog ainda no Ensino Médio, em meados de 2013, com o objetivo de compartilhar e democratizar o conhecimento geográfico, desde o campo físico até o campo humano, permitindo seu acesso de maneira clara e descomplicada.

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