Não é novidade entre os cientistas que os continentes e os assoalhos oceânicos estão em contínuo movimento. Este movimento se dá através das correntes magmáticas nas camadas mais internas da Terra (correntes de convecção), que acabam alterando a posição dos imensos blocos de rocha que flutuam sobre o magma, as chamadas placas tectônicas.
Assim, esta movimentação das placas acaba por inferir em constantes choques em suas regiões de encontro, o que ocasiona em atividades sísmicas e vulcânicas ao redor do globo. Os limites entre tais placas tectônicas, porém, podem seguir diferentes orientações, determinando, desta forma, a classificação que será exposta abaixo.
Limites divergentes
Neste tipo de limite, há a separação entre placas. No espaço criado entre os dois grandes blocos, ocorre a formação de uma nova crosta através da solidificação do magma. Pode ocorrer em continentes ou em oceanos.
Limite divergente nos oceanos
Quando este tipo de limite ocorre em oceanos, há a criação de gigantescas cordilheiras submersas, conhecidas como dorsais oceânicas.
Dorsal mesoatlântica |
A mais famosa delas é a dorsal mesoatlântica (imagem), que ocorre no limite entre as placas norte-americana e euroasiática e e estende-se através das placas sul-americana e africana, cortando uma porção do globo que vai desde o ártico até o sul da África.
Limite divergente nos continentes
Já quando ocorre nos continentes, os limites divergentes provocam a criação de vales, chamados especificamente nestes casos de vales em riftes. Em estágios mais avançados, estes vales são cobertos pelo mar, formando mares fechados e/ou interiores, como é o caso do Mar Vermelho e do Golfo da Califórnia.
Vale do Rift em pontilhado |
Um tipo de limite divergente se dá no leste africano, desde o chifre da África até a Tanzânia. Este acidente geológico ocasionou em uma região propensa a atividade sísmica e vulcânica.
Limites convergentes
Neste caso, há um choque e uma constante aproximação entre duas placas tectônicas, onde uma delas acaba sendo “engolida” pela outra. Neste tipo de limite, podemos ter as três situações listadas abaixo:
Choque de placa oceânica com placa oceânica
Quando este encontro ocorre no oceano, uma das placas mergulha sobre a outra, empurrando a que fica embaixo direto para o magma, onde terá seu material fundido. Neste processo, há a criação de uma grande depressão no fundo dos oceanos: as fossas marítimas. Denominam-se as regiões onde ocorrem estes fenômenos de zonas de subducção.
É muito comum também que o material fundido no processo de “engolimento” de uma das placas acabe novamente se solidificando, podendo inclusive ocorrer a formação de ilhas. É o caso, por exemplo, do arquipélago do Japão.
Choque de placa oceânica com placa continental
Quando o choque ocorre entre uma placa oceânica e uma placa continental, há o mergulho da primeira, que é mais densa, sob a segunda. A consequência direta disto é a deformação da placa continental, causando um enrugamento que, somado com a grande atividade vulcânica, acaba criando grandes cordilheiras.
Podemos citar como exemplo a Cordilheira dos Andes, resultado do encontro entre a placa de Nazca e a placa Sul-Americana.
Choque de placa continental com placa continental
As placas continentais, em geral, apresentam duas características básicas: a natureza quebradiça e suas densidades e espessuras parecidas. Assim, quando ocorre o choque entre duas placas do tipo, não há, como nos casos supracitados, um “mergulho” de uma placa sob a outra. O que acontece é um constante esmagamento de suas rochas, provocando o surgimento de cadeias de montanhas. Estas regiões, também denominadas zonas de obducção, são suscetíveis a terremotos de larga escala devida a característica quebradiça das rochas, como citado acima.
Um exemplo é o Himalaia, originado, há milhões de anos, do choque entre a Placa Indiana e a Placa Euroasiática.
Limites transformantes
Nos limites transformantes, há um movimento horizontal entre duas placas vizinhas, não havendo, portanto, colisão direta entre elas. Porém, é típico nesta situação a ocorrência de sismos, já que encontros de pequena escala entre as rochas acabam acontecendo.
Dentre os limites transformantes mais conhecidos, podemos citar a falha de San Andreas, nos EUA, e da Anatólia, na Turquia.
Síntese muito bem escrita sobre um dos importantes tópicos de geodinâmica interna. Muito didático e coeso, parabéns!
Muito obrigado, Ricardo 🙂
concordo com ele eu sou uma garoto de 10 anos e vou tirar nota maxima nesse trabalho por causa disso eu vou divulgar seu blog
agradeço ao rapaz que fez essa belíssima síntese, pois com ele aprendi muito…. parabéns pela bela síntese..
adorei, mas poderia falar sobre as consequências dos limites de placas, muito obrigada!
n era bem isso que queria ,mas ajudou um pouco!!!
Melhor matéria sobre o assunto. Só achei o conteúdo bem explicado aqui nesse blog